Como pintar com pistola

Generalidades

Este tipo de pintura é realizado graças ao auxílio de um compressor que expulsa o ar e a tinta em simultâneo.

 

Este processo é assegurado por uma pistola de aplicação, podendo ser de sucção ou de gravidade (Fig. 1), onde o material a pulverizar é atingido por ar comprimido que alimenta a pistola, a pulverização atravessa o bocal da pistola onde se poderá regular a abertura e a consequente densidade da tinta que é expelida.

 

Nota: Existem também pistolas de pintura elétricas que permitem efetuar um trabalho idêntico ao realizado por pistolas ligadas a compressor, no que diz respeito à utilização, preparação, início da pintura e limpeza do material é similar.

 

As aplicações possíveis são:

  •     Carroçarias;
  •     Barcos;
  •     Muros, portas e janela, radiadores,etc;
  •     Pulverização de substâncias de tratamento de madeira...


Preparação do material

Realize a aplicação num espaço arejado e proteger devidamente os objetos que não pretende pintar.

 

No caso de pinturas exteriores, assegure-se que o dia esteja solarengo e sem vento, e inicie a aplicação ao início do dia, (evita-se os insetos no final do dia e observa-se com mais clareza o evoluir da tarefa).

 

Os objetos a pintar deverão estar devidamente colocados na horizontal e todas as peças deverão ser desmontadas (evitando falhas na pintura).

 

Relativamente às carroçarias limpe sempre a superfície a pintar.

 

Realize um polimento com lixa de água, de forma a eliminar a ferrugem e os grãos; aplique mastique nas zonas da superfície que o necessitem.

 

Caso realize a sua aplicação dentro de uma garagem, limpe o solo e aspire, molhando-o em seguida.

 

Proteja o solo com jornais ou plásticos e elimine todas as correntes de ar existentes.

 

Cubra todos os objetos que não pretenda pintar (vidros, cromados, etc.).

 

Limpe a superfície com o auxílio de panos imediatamente antes da aplicação.

 

 

Como preparar a pintura

Mexa convenientemente a tinta antes da sua utilização. (Fig. 2)

 

Ajuste a viscosidade ou densidade da tinta em função das recomendações do fabricante.

 

Quando a tinta se encontra muito espessa existe o perigo de obter uma superfície rugosa, enquanto se a tinta for demasiado fluída, corre o risco que esta derrame para áreas já pintadas. Se possível realize o controlo de viscosidade (densidade) da tinta com o auxílio de viscosímetro. Encha um pequeno copo e calcule o tempo de escoamento da tinta. Adicione diluente até obter os tempos desejados (tempos calculados para um litro). (Fig. 3)

 

Tinta / Tempo

  •     acrílica: 13 a 15 s
  •     primários: 21 a 45 s
  •     emulsões: 40 a 45 s
  •     poliuretano: 35 a 40 s

 

Não esqueça de filtrar a tinta para assim eliminar as impurezas, com a ajuda de um filtro. (Fig. 4)

 

Como iniciar a pintura

 

Ligue a pistola ao compressor utilizando para o efeito um tubo adequado. Insira um filtro na rede e ajuste a pressão a 3 bars no regulador.

 

Coloque a tinta dentro do copo, depois de filtrada confirme que a quantidade será suficiente para cobrir a peça a pintar sem interrupção.

 

Realize sempre um ensaio sobre um cartão para controlar o jacto de tinta. Caso seja necessário regule a válvula de ar da pistola para a posição adequada, se precisar reajuste a pressão de ar. (Fig. 5)

 

Dê início à pintura, colocando a pistola entre 15 e 20 cm da superfície pretendida. O pulso deverá encontrar-se flexível e deslocar-se seguindo uma linha direita e paralela e não uma assimétrica. (Fig. 6 e 7)

 

Sempre que pintar painéis de grandes dimensões, faça-o pintando-o por três zonas distintas ou mais, permitindo que entre essas zonas a tinta possa convergir entre si.

 

Ao pintar tenha sempre em atenção o desenrolar da tarefa, para que a névoa se desloque para a zona onde a tinta não tenha sido ainda aplicada. (Fig. 8)

 

Realize sempre movimentos de pintura estáveis iniciando nos ângulos e em torno do objeto, localizando a tinta para a zona superior do objeto. (Fig. 9)

 


Como limpar o material

Utilize um diluente de limpeza compatível com a pintura aplicada:

 

  •     água para as soluções aquosas

 

  •     diluente para tinta celulosa e sintética.

 

Não submerja totalmente as peças no diluente, nem se esqueça de despejar a tinta existente dentro de uma lata.

Encha o copo com um quarto de diluente e pulverize de encontro a um cartão, para assim libertar a tinta existente no percurso feito pela tinta.

Repita o processo se necessário. (Fig. 10)