Como soldar com chama

Generalidades

Os soldadores a gás são os mais apropriados para trabalhar os metais. A base de toda a soldadura é a temperatura e o que permite os vários tipos de soldadura, é a temperatura máxima que adquire.

 

O trabalho mais frequente com metais é a reparação e instalação de canalizações metálicas para água fria e quente, de gás e instalações de condutas para ar condicionado e uniões de peças mecânicas.

 

As temperaturas que alcançam as soldaduras mais comuns variam entre os 6000° e os 30000° C.

 

Os soldadores a gás mais comuns funcionam geralmente com gás propano ou gás butano. Estes dois tipos são os que atingem maior calor, sendo o primeiro o mais comum de encontrar. Existem no mercado botijas de diversos tamanhos, em função do trabalho que se vai fazer.


Iniciar a soldadura

Existem dois tipos de soldadura:

 

Heterogénea - Para unir as peças utiliza-se um metal aglutinante diferente dos que queremos soldar. A sua forma de atuação é por capilaridade, isto é, o líquido reparte-se de uma maneira uniforme entre as peças que pretendemos unir. Este tipo de soldadura é forte ou branda. A “forte” é feita com elementos à base de prata, cobre ou alumínio e a sua temperatura varia entre 6000° e 9000° C. Normalmente aplica-se na soldadura de quadros de bicicleta, portas, circuitos de gás e aquecimento. (Fig. 1)

 

A “branda” serve para uma resistência mais branda e uma hermeticidade inferior. A temperatura apropriada é de 2000° C. O metal aglutinante utilizado, é o

estanho sendo adequado para ligações elétricas, suporte de lâmpadas, tubos de água fria. (Fig. 2)

 

Autogénea - Aplica-se em uniões entre peças do mesmo material. Utilizam-se soldadores com duas botijas, uma de oxigénio e outra de gás butano, propano ou acetileno. (Fig. 3)

 

Aplicação

 

Limpe as peças exteriormente com o auxílio de um pano e caso seja necessário com uma lixa fina. (Fig. 4)

 

No caso de serem tubagens aconselhamos a utilização de uma escova de arame fino redonda, para lhe permitir a limpeza do interior das tubagens. (Fig. 5)

 

Aplique com um pincel, massa decapante para a soldadura nas extremidades das peças, a unir, para que a aderência aumente.  (Fig. 6)

 

Encaixe as peças que pretende soldar ou encoste-as. Caso seja necessário, fixe-as com o auxílio de um alicate de pinças ou um torno, de forma a não acontecerem desvios das peças durante a soldadura. (Fig. 7)

 

Se porventura, você trabalha numa canalização que se situa junto a uma parede, aconselhamos a utilizar uma tela isolante (anti-fogo).

 

Coloque a tela no lado oposto do sentido da soldadura, para que a chama embata nesta. (Fig. 8)

 

No caso de utilizar um torno na soldadura das peças, não se esqueça de as proteger com pequenas placas de alumínio. (Fig. 9)

 

Aqueça as peças até o cobre ganhar uma cor vermelho escuro e o ferro um vermelho claro. No caso de efetuar uma soldadura “branda”, afaste a chama após o aquecimento das peças e encoste o fio de estanho junto a estas.

 

Pressione até surgir um anel em torno da junta. (Fig. 10)

 

Se porventura efetuar uma soldadura forte, deverá aproximar a vareta da junta a soldar e aquecer as peças (mantendo a vareta encostada), mas não exponha a vareta à chama. (Fig. 11)

 

Caso realize uma soldadura autogénea, a preparação do material é idêntica à heterogénea, mas o método de soldadura é diferente:

 

Abra as duas botijas de gás, acenda a chama com o auxílio de um isqueiro próprio e diminua a sua intensidade, até esta se encontrar a 4 ou 5 cm da extremidade do bico e apresentar uma chama azul clara. Solde as peças mantendo o maçarico e vareta a 450°. (Fig. 12)

 

Caixa de Ferramentas

  •     Escova metálica
  •     Isqueiro
  •     Maçarico
  •     Solda (estanho ou outro)
  •     Tela isolante (anti-fogo)
  •     Pincel
  •     Alicate de pinças
  •     Massa decapante
  •     Bicos de saída
  •     Botijas